segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Leituras Dramáticas










Urubus no viaduto e Maria Caboré de Ronaldo Correia de Brito
20 de Novembro primeiro dia de encontro, conhecendo os textos.
Urubus no viaduto leitura simples, forte que me tocou profundamente de encher os olhos de lagrimas e uma vontade de ler em voz alta. Morte, demônios, anjos, doenças, força, miséria, solidão, memorias... 
"Sete nos na camisa e  pai nosso rezado de traz pra frente".  Foi de arrepiar a espinha fiquei com essa fala na cabeça por dias.
Segundo encontro dia 21 as 21h;  trabalhar o desapego .
Tive que trabalhar o desapego com o texto "Urubus no viaduto" rapidamente durante a divisão na leitura.
O impacto de uma primeira leitura nunca se repete. E na segunda, já aprece outras intenções e novos arrepios, mas continuo sentido toda a força e guardando aqui dentro todas essas sensações.
                                                                                                                                                                         



Flores de papel crepom
Maria Caboré

Quando se deu fé, Maria estava doida, ou sempre fora, com as lembranças de corpos negros dançando em volta de uma fogueira, com o sonhos da travessia de um mar. Agora, entrava na simplicidade das pedras do rio, onde sentava para enxugar-se do banho. Misturava-se ao lixo das ruas e a cor da roupa ficava da mesma tonalidade do seu corpo."




Com: Samia Oliveira, Faeina Jorge, Maria da Guia, Joel, Roberto Viana

 Direção: Edceu Barboza






                                                                                                                                              Faeina Jorge







Leitura Dramática
2011  

Na solidão dos campos de algodão
( Teatro de Bernad-Marie)
             Koltès



Alana Moraes e Adriano Brito
                        



















Com: Alana Moraes, Arlet Almeida, Adriano Brito, Faeina Jorge e Roberto Viana 
Direção: Edceu Barboza 

sábado, 17 de novembro de 2012

De 2010 pra cá...

















                Surge o primeiro espetáculo que da nome ao grupo Armadilhas. 
Em cena: Adriano Brito, Roberto Viana, Vânia,  Arlet Almeida, Carta Prata, Faeina Jorge e Fernanda.







Direção: Edceu Barboza
Arlet Almeida , Roberto Viana e Carla Prata




"Terreiro de Historias"   


      

Terreiro de Historias é o segundo trabalho do Armadilhas Cênicas espetáculo conta a historia de três viajantes que saem pelo mundo com suas malas contando suas aventuras e diversas historias.

Em cena : Roberto Viana, José Filho, Faeina Jorge e Edceu Barbosa
Direção Edceu Barboza 

  






Roberto Viana, Faeina Jorge e Edceu Barboza
Direção: Edceu Barboza

Faeina Jorge











                                     "Itinerário"  

Em cena: Faeina Jorge, Roberto Viana, Alana Moraes, Adriano Brito, Arlet Almeida
e Vânia


















  Um espetáculo nostálgico que fala sobre solidão.  Que mistura memorias dos próprios atores com textos de Caio Fernando Abreu .


Em cena: Faeina Jorge e Alana Moraes
Direção: Edceu Barboza










Esquete:"Sinal fechado poderia ter sido diferente"





- Olá! Como vai?
- Eu vou indo. E você, tudo bem?
- Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro… E
você?
- Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo… Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é, quanto tempo!
- Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!
- Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
Faeina Jorge e Alana Moraes
- Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
- Pra semana, prometo, talvez nos vejamos… Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é… Quanto tempo!
- Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
- Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
- Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente…
- Pra semana…
- O sinal…
- Eu procuro você…
- Vai abrir, vai abrir…
- Eu prometo, não esqueço, não esqueço…
- Por favor, não esqueça, não esqueça…
- Adeus!
- Adeus!
- Adeus!
(Chico Buarque)                              
                                                                               
 Em cena : Alana Moraes, Roberto Viana, Adriano Brito
e Faeina Jorge              

 









           Em busca da terceira margem   





    


Inspirado no conto "A terceira margem do rio" de Guimarões Rosa










Arlet Almeida, Faeina Jorge, José Filho, Roberto Viana,
Alana Moraes e Adriano Brito







Em cena: Faeina Jorge, José Filho, Alana Moraes,Adriano Brito, Arlet Almeida e Roberto Viana 
Direção Edceu Barboza



                                  Mãe numa ilha deserta


Edceu Barbosa convida Maria da Guia e Joel Rodrigues para o  experimento de conclusão na disciplina de encenação na faculdade de teatro. E a partir dai surge o espetáculo Mãe Numa Ilha deserta .

Inspirado no conto homônimo de Ronaldo Correia de Brito

Colaboração: Luiz Renato

Direção: Edceu Barboza
Operação de som: Sâmia OliveiraIndicação 12 anos. 40 min.








Sinopse:
Heleonora não ama mais Edmundo. O mundo então perde o sentido para este jovem que convence sua mãe a ir trabalhar numa ilha acendendo o farol que dar norte aos navios/vidas em alto mar... Mergulhado em dor mãe e filho se isolam numa ilha, passando seus dias embalados pelas melodias que a mãe rascunha dedilhando um pequeno acordeom... Entardecer, nenhum navio de abastecimento... lembranças de Heleonora...Ilha, Mar, solidão, mãe, Acordeom!



Meu diário de bordo ( Memorias de uma cidade perdida) X ( Armadilhas Cênicas) Faeina Jorge


Sou toda Armadilhas Cênicas
 1 de novembro 2012

Nas quintas  das  17h as 19h  sou toda Armadilhas,  e no encontro de hoje resolvemos fazer um passadão de todas as imagens que já construímos para o trabalho, Memorias de uma cidade perdida. Com o auxilio de Edceu fizemos um alongamento e um aquecimento corporal  já entrando na atmosfera do trabalho em seguida começamos a passagem das cenas e quadros, todos nos estávamos muito concentrados, em alguns momentos nos emocionamos .  Vimos que já temos bastante material e vamos ate precisar fazer uma pequena seleção de cenas. Hoje seria o dia que Rita Cidade iria nos assistir pra fazer a dramaturgia,  mas infelizmente por motivo de doença ela não pode comparecer.









Depois de minha pausa no processo de Memorias de uma cidade perdida, volto com muita sede ao trabalho  e percebo que me sinto mais  dentro do processo que antes. E hoje durante o trabalho de corpo, Edceu pediu que a gente se questionasse sobre o nosso fazer artístico.
O meu fazer artístico é como uma grande montanha, cheia de desvios, pedras, obstáculos...
Mas  todos esses obstáculos são muito prazerosos e são eles que indicam o caminho.
Costumo dizer que tenho um mundo dentro de mim porque tenho infinitos sonhos e objetivos.
Cada trabalho que faço tento buscar a força necessária  dentro de mim e sempre de uma forma diferenciada da outra. E por acreditar e respeitas minha arte é natural colher os frutos. Faço teatro a 12 anos e a  primeira vitoria foi o respeito de minha família com meu trabalho,  eu vi um fim de um preconceito. Com o meu amadurecimento em algumas partes  percebi o olhar alheio mudando também, e como disse que tenho um mundo dentro de mim sei que a jornada ainda é bem longa.
Que espece de artista eu sou...? 
Bem... sou uma artista que busca, se estou certa ou errada não sei, talvez só la na frente saberei, mas vivo, sugo o presente e mergulho sempre o mais fundo que posso!


                                                                                                                             Faeina Jorge









2013
Narradores de Javé, um filme sobre memoria, História e exclusão



Na coleta do primeiro relato "javélico", Biá diz à sua "fonte": "uma coisa é o fato acontecido, outra é o fato escrito". Esse pequeno conjunto de elementos já é suficiente para apontar a isenção e a imparcialidade impossíveis à História e ao historiador. O filme se desenrola com a difícil tarefa para Biá: reunir uma história a partir de cinco versões diferentes - uma multiplicidade de fragmentos, memórias incompatíveis entre si. O personagem se vê entre essa impossibilidade e um futuro/progresso destruidor e irremediável.




Em seguida conversa e reunião  pra definir e organizar a dramaturgia, chegamos a conclusão de que temos muito material  .
Um espetáculo que não precisa de aplausos (ideia do diretor) ...apesar de compreender a temática  tenho que me acostumar com essa ideia já que pra mim os aplausos do publico é o termômetro e a recompensa de tanta entrega naquele trabalho. Em todos esses anos de trabalho  sempre imaginei se algum dia não houvesse aplausos, eu com certeza iria sair frustrada e deprimida!   Confesso que vai ser bem estranho mas o bom de nosso trabalho é isso sempre experimentar novas possibilidades.


Sou uma pessoa que gosto da simplicidade, da leveza de momentos simples e ate mesmos de palavras fáceis,  só acho que não precisa de grandes arrodeios para explicar algo. Mas não significa que não entenda temas complexo. Só acho que tudo pode ser mais simples só isso. Sem perca de tempo!




7 de Abril domingo

No dia 11 de março foi nosso ultimo encontro,  fizemos um trabalho muito bom e diferente, baseado no Teatro da Vertigem, cada um de nos tinha que sair pelas ruas e executar quatro ações que o outro colega de trabalho escolhia. As minhas eram: sempre que ver um idoso conversar com ele, perguntar o nome de uma criança sempre que encontrar uma, quando ver um banco sentar e cruzar as pernas e quando ver um carro grande dar um giro. E assim foi, quando sai pensei logo: Meu Deus como vou puxar assunto com alguém que não conheço, morro de vergonha! Mas depois do primeiro foi super fácil, o melhor momento foi quando ajudei uma senhora que carregava muitas sacolas  tinha ate na cabeça, foi um presente ver o sorriso dela estava bem pesado mesmo. E o maior problema foi justamente o que eu achava que seria o mais simples, que era perguntar o nome das crianças que encontrava, passei por varias e não tive coragem porque vi que elas estavam acompanhadas dos pais e fiquei preocupada com o que eles iriam pensar em ver uma desconhecida querendo saber o nome de seu filho. E ate mesmo quando elas estavam sozinhas e eu dirigia a palavra  e percebia um olhar super espantado tipo: ( Ai meu Deus quem é essa !!! ) ou ( Eita sera se ela viu o que fiz!!!)
Mas foi uma ótima experiência, perceber a cidade diferente, ver realmente  seu ritmo e enxergar as pessoa foi o mais gratificante, talvez eu já tivesse passado por algum daqueles idosos e não tivesse visto ou talvez percebido que eles precisavam de algum tipo de ajuda...ou não.
Já na sala de ensaio percebi o corpo cansado ficamos das 15h ate as 17h na rua, o sol estava bastante forte, confesso que em 20minutos retornei achando que já tivesse passado uns 40min. ai voltei e fique bastante tempo e detalhe, não podíamos perguntar a hora.

No ultimo momento foi apresentado as propostas de figurino que vão ser inspiradas ate então no clássico E o vento levou de 1939 ...

Acho que se o processo é colaborativo não é para existir resistência a novas propostas ou ideias apenas experimentar mas acho que esta tendo um probleminha pessoal ali, de personalidade. Mas tudo bem é  uma questão de maturidade, resistência de autoconhecimento mesmo  que no meu caso não sei se estou  nesse momento de esperar que tudo isso aconteça da outra parte. Teatro pra mim alem de tudo  é troca e cumplicidade e respeito. Se eu não sentir nada disso então tudo perde o sentido.



8 de Abril segunda feira

Em vez de memorias... passagens das historias já que os demais não poderiam comparecer hoje e sexta viajaremos pra Sousa/PB apresentar terreiro. O ensaio era para observar o outro e fazer anotações de algo que falta ou perdemos. O estranho foi passar minha historia e perceber que o diretos fez considerações equivocadas porque não levantou a vista um segundo se quer pra ver meus movimento.



Quinta 11 de Abril 2013

Memorias de uma cidade perdida 


Fotos de minha cidade  em 1935
Crato











Feira da rapadura em Crato




Antigo Cinema do Crato




Agosto, retornando aos trabalhos, sera?!!!
Bom o mês já esta acabando e só me recordo de 3 encontros que me deixaram pensativa, preocupada e sem entusiasmo. O primeiro encontro fizemos no Centro Cultural, quando cheguei pensei que o texto já estaria pronto mas infelizmente Rita ainda não tinha concluído. Mas tudo bem pensei ,vamos trabalhar e relembrar tudo, marcas e trazer a tonas as emoções que criamos ... 
Esse encontro eu chamo de encontro frustrado, não sei se pra todos mas pra mim ele me deixou muito preocupada, pois relembrar marcas é o mais simples temos filmagens fotos e memoria. Eu simplesmente não consegui trazer nenhum daqueles sentimentos e emoções. Senti falta de um trabalho que acho que o diretor deveria nos ajudar nisso . Acho que a forma que esta sendo conduzida o alongamento e o aquecimento me distancia do trabalho. Poderia sim   fazer todas aquela coisas o alongamento livre, o homem bombam mas depois direcioná-lo como era feito antigamente.
O segundo encontro me deixou desmotivada .
Quando chegamos na casa Ninho colocamos logo nossas roupas de ensaio  e começamos um alongamento por conta própria, Edceu em seguida  assume o alongamento, e não conclui e já queria passar pro aquecimento que requer muito esforço físico,  questionamos e terminamos pro conta própria. Depois ele parte pra o aquecimento do homem bomba, meu corpo estava exausto cansado mas tentei fazer o melhor possível . Quando acabamos o treinamento de energia  sentamos em circulo e fomos ler o o texto que ainda não estava finalizado . Isso me deixou extremamente irritada me senti como bonequinha de direto que ele manda a gente fazer o que vem na cabeça dele . Depois em outro momento questionei o porque dele ter feito isso pra ler um texto, no caso seria melhor fazer um aquecimento de voz . Ele disse que era pra não perdemos o ritmo ! Não acreditei   quando ouvi!  Porque se era pra mantermos um ritmo de trabalho deveríamos nos encontra com frequência . 
Trabalho colaborativo é muito difícil tanto pra atores e vejo que para o diretor tambem, se ele estiver se percebendo claro. No meu caso estou com muitos questionamentos, com o tempo de trabalho que ja realizamos, com o que ganhamos, o que esta perdido ou esta  adormecido, com a forma que Edceu esta conduzindo de uns tempos pra cá, sinto necessidade de mais direcionamento.  Mas ainda consigo visualizar o espetáculo  ainda acredito, tenho esperança de que quando o texto ficar pronto as coisas tomem outro rumo.
E o terceiro encontro eu não compareci seria uma leitura de mesa do texto no BNB sem o diretor mas como eu ia viajar no mesmo dia estava muito atarefada e acabei esquecendo do combinado!

Setembro, dia 25 quarta feira 21h:30min.

Marcamos um novo calendário de encontros esse é o horário alternativo, todos presentes com exceção de Beto ele é o único que não pode nesse horário infelizmente . 
 Gosto desse horário apesar do cansaço, só acho que não da pra perdemos tempo com brincadeiras.   Todos exaustos mas presentes e com vontade de trabalhar. De inicio conversamos um pouco e coloquei minhas impressões dos últimos encontros e usei as mesma palavras que descrevi aqui no blog, não entendo porque quando discordo os outros se calam, poderiam dizer que eu estava errada ou não sei lá... Mas por fim vi o desconforto e espero que as coisa tomem outro rumo e acredito que a partir de agora o ritmo sera outro mesmo porque agora o trabalho tem data para estrear e não podemos fugir pois sera a avaliação final da disciplina de  Encenação III da faculdade. 
 Hoje fizemos uma leitura do texto Rita apresentou mais uma parte que achei muito boa gostei da poesia que ela coloca com simplicidade e do ritmo na cena que gosto muito! E que venham os próximos encontro. 
Em relação ao trabalho de sentimento e memorias acredito que com o texto e depois do que falei as coisas tambem volte a ter o mesmo ritmo! E Avante!!!!

Nessa sexta dia 27 logo apos do nosso encontro  fui ver o espetáculo Evanescente Caminho que também é resultado de  um processo colaborativo e no final teve um bate papo e percebi que todas essas dificuldades e atropelos fazem partes de processos assim. E no mais é ter paciência e foco que da tudo certo.