terça-feira, 31 de janeiro de 2012

2º Encontro Criativo

Hoje 31 de janeiro de 2012, realizamos o segundo encontro do processo criativo de Memórias de uma CIDADE PERDIDA.

DESCRIÇÃO:

O encontro foi bastante produtivo, a exemplo do primeiro, mas teve algo a mais pois contou com as presenças de Rita Cidade que assinará a dramaturgia junto com Roberto Viana e de Washington Feitosa que gentilmente topou participar de um exercício. Este exercício serviu de suporte para refletirmos sobre o ator-narrador e suas possibilidades de criação, essa discussão acabou puxando outros links que certamente enriqueceram nosso encontro. 

Hoje como impulso para criação propus um trabalho que tinha como base retratos de família antiga, aquelas que exigiam todo um ritual para serem tiradas, todos os membros da família vestiam as melhores roupas e super alinhados faziam poses para o fotografo eternizar aquele momento tão preparado e ao mesmo tempo efêmero... Ficando perpetuado através da sua revelação.  Para mim estas imagens remetem a um tempo passado, assim mexem com nossas memorias... 

MOMENTOS:

O texto de Hamlet pode contribuir para a construção da dramaturgia... Como? Hamlet, pede a um grupo de teatro que encene uma história afim de que esta possa revelar/denunciar outra (s)... 

RELATOS:

A criação é um mistério. O mistério ganha corpo, forma, peso, cheiro, atmosfera... nos corpos dos atores. É hora de engravidar e exercitar. Nada é puramente ficção! 
(Rita Cidade) 

Histórias que no tempo se formam. Mundos construídos no caminho do tempo o acontecido, presente no agora que já não é mais. Se foi! 
(José Filho)

Me cansei menos no trabalho físico. A improvisação foi divertida e cheia de imagens, ou seja, o que o teatro é, o que o teatro faz. 
(Roberto Viana)

Superação!!! Processo evolutivo que se apresenta no corpo, no andar, no contar. 
(Carla Prata)

Contar ou não contar... É a questão!!! Verdade é naturalidade ou uma mentira bem contada?
(Adriano Brito) 

Trabalho energético menos cansativo. A improvisação foi marcada por memórias, emocionante me fez lembrar dos meus antepassados. 
(Arlete Almeida)

Foi mágico... Sensorial. Para mim, uma experiencia impar. Me fez refletir: A vida imita a arte, ou a arte imita a vida? 
(Washington Nogueira - convidado para exercício)

Medos. Agilidade. Um turbilhão de imagens e histórias. Memórias minhas e alheias me fazem compôr o trabalho. (enfrentando sempre os medos e bloqueios) 
(Faeina Jorge)

Trecho do texto Hamlet - William Shakespeare citado por Edceu Barboza no encontro que serviu de link para reflexões...

Não é monstruoso que esse ator aí,

Por uma fábula, uma paixão fingida,

Possa forçar a alma a sentir o que ele quer,

De tal forma que seu rosto empalidece,

Tem lágrimas nos olhos, angústia no [semblante,

A voz trêmula, e toda a sua aparência

Se ajusta ao que ele pretende?

E tudo isso por nada! Por Hécuba!

O que é Hécuba pra ele, ou ele pra Hécuba,

Pra que chore assim por ela.

Vamos para  o próximo encontro dia 09 de fevereiro...

2 comentários:

  1. "O opressor seria qualquer tipo de
    certeza que não gritasse
    o ranger dos dentes
    dependurava sonhos no teto"

    Alain Bisgodofu.

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  2. Estava lembrando do exercício dos dois grupos: o povo e a máquina!!! essa poesia me fez lembrar muito.
    Adriano.

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